Em maio de 2010, um canal de TV do Afeganistão transmitiu imagens de batismos de afegãos muçulmanos convertidos ao cristianismo, o que levou um membro do parlamento a pedir a execução de quem tivesse feito tais ações. Nesse momento, o presidente Hamid Karzai deveria ter apoiado o direito dos cristãos de escolher sua própria religião. Em vez disso, o governo pediu uma investigação sobre o que as organizações humanitárias cristãs estão promovendo.
A investigação resultou na prisão de um cristão afegão chamado Said Musa, que foi acusado de apostasia e sentenciado à morte pelo Tribunal. Depois de esforços exaustivos para conseguir sua libertação, Musa foi finalmente liberto e teve de deixar o país.
Depois da prisão de Musa, muitos cristãos afegãos fugiram para a segurança de Cabul: alguns tiveram que se esconder, isolando-se em aldeias até que a situação se acalme, enquanto outros foram para a Índia ou o Paquistão.
Apesar da aparente confiança da ONU no Afeganistão, de que estão sendo seguidos os procedimentos constitucionais para proteger as liberdades presentes na Declaração Universal dos Direitos dos Homens, da qual o Afeganistão faz parte como signatário, as ocorrências recentes mostram o contrário. O quadro atual é de perseguição religiosa, em que cristãos são presos e, eventualmente, executados por apostasia.
Fonte: www.portasabertas.org.br